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Publicado em 19/07/2014 | Categoria: Notícias Papa Francisco |


Papa consternado com queda de avião na Ucrânia


O Santo Padre recebeu com consternação a notícia do desastre do avião da Malaysian Airlines, precipitado na região leste da Ucrânia, marcado por fortes tensões.

O Papa eleva suas orações pelas numerosas vítimas do acidente e por seus familiares, renovando às partes em conflito o forte apelo à paz e para um compromisso na busca de soluções com o diálogo, a fim de evitar mais perdas de vidas humanas inocentes.

O Boeing 777 caiu na Ucrânia na tarde de quinta-feira, 17, próximo à fronteira com a Rússia. Todas as 298 pessoas a bordo morreram na explosão. Muitas das vítimas dirigiam-se a Melbourne para o Encontro Mundial sobre a AIDS. Quer os separatistas como o governo ucraniano estão dispostos a abrir um corredor humanitário e declarar um cessar-fogo de três dias para permitir às equipes internacionais chegar ao local da queda.

Fontes de inteligência ocidentais confirmam que o avião foi atingido por um míssil terra-ar, sem poder precisar ainda de onde tenha partido, o que não será difícil, pois há meses a região é vigiada por satélites militares. Separatistas filo-russos, governo ucraniano e russo acusam-se mutuamente, ao mesmo tempo que todos negam qualquer responsabilidade no ataque. A caixa preta já foi encontrada.

O avião foi atingido quando voava a uma altura de 10 mil metros – considerada segura -, na área de Donbass, Ucrânia, a 52 quilômetros da fronteira russa. Após o desastre, os vôos civis estão proibidos de sobrevoar a região leste da Ucrânia.

O Conselho de Segurança da ONU reúne-se nesta sexta-feira, para analisar a situação. (JE)

 

 

Santo Padre telefona à Abbas e Peres: continuar os esforços pela paz


A situação em Gaza agrava-se com o passar das horas. Na noite de ontem, quinta-feira, 17, Israel iniciou uma ofensiva terrestre. Até agora, o conflito provocou a morte de 271 palestinos e mais de dois mil feridos, a maioria civis. Do lado israelense, dois mortos, um militar e um civil e alguns feridos devido aos foguetes lançados de Gaza.

Neste contexto, o Papa Francisco, após o forte apelo para se continuar a rezar pela paz na Terra Santa no Angelus do último domingo, telefonou pessoalmente na manhã desta sexta-feira aos Presidentes israelense Shimon Peres e palestino Mahmoud Abbas.

O Papa partilhou com os dois presidentes “as gravíssimas preocupações na atual situação do conflito” que – refere um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé – “envolve de modo particular a Faixa de Gaza e que, num clima de crescente hostilidade, ódio e sofrimento para os dois povos, está provocando numerosas vítimas e dando lugar a uma situação de grave emergência humanitária”.

Como havia feito durante sua recente peregrinação à Terra Santa e por ocasião da invocação pela paz em 8 de junho, nos Jardins Vaticanos, o Papa Francisco “assegurou a sua incessante oração e a de toda a Igreja, em favor da paz na Terra Santa e compartilhou com os seus interlocutores – que considera homens de paz e que querem a paz -, a necessidade de se continuar a rezar e de comprometer-se em fazer sim com que todas as partes interessadas e todos os que têm responsabilidades políticas a nível local e internacional, se empenhem em fazer cessar todas hostilidades, trabalhando em favor de uma trégua, da paz e da reconciliação dos corações”. (JE) 

Papa escreve aos cristãos de Gaza: grande consolação, diz pároco de Beit Jala, na Cisjordânia

 


O Papa Francisco enviou uma mensagem de encorajamento à comunidade católica de Gaza e a seu pároco Jorge Hernández que, junto a toda a população da Faixa de Gaza, estão enfrentando grandes sofrimentos devido ao recrudescimento do confronto militar. O pároco de Beit Jala, na Cisjordânia, Pe. Mario Cornioli, foi quem informou o Pontífice acerca das difíceis condições dos cristãos de Gaza. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que ele nos disse:

Pe. Mario Cornioli:- “Sim, o Santo Padre recebeu notícias sobre a situação da nossa comunidade cristã e nesta quinta-feira quis manifestar sua proximidade, escrevendo duas linhas de encorajamento, sobretudo assegurando sua oração a Pe. Jorge, que vive em Gaza e que auxilia inclusive fisicamente a exígua comunidade cristã. Quando Pe. Jorge recebeu a missiva do Papa ficou muito feliz, comunicando-a a todos os paroquianos. Deu coragem e força não somente à comunidade latina, que compreende 160 pessoas, mas a todos os cristãos: também aos ortodoxos. Portanto, Pe. Jorge comunicou a todos que o Papa lhes é próximo com a oração, o afeto e que não se esqueceu deles. Isso deu esperança e coragem a todos os cristãos, pelo que se alegraram profundamente. Saber que o Papa os recorda e reza por eles é uma grande consolação nestes momentos angustiantes, porque Gaza está sob bombardeios, tudo estremece. Gaza foi bombardeada durante a noite inteira: esta manhã – dizem-nos os que estão em Gaza – parece ter sido utilizado também fósforo branco… Muitos feridos estão chegando aos hospitais, ninguém sabe como cuidar deles, não podem receber os necessários cuidados médicos… Portanto, a situação é verdadeiramente dramática. Pe. Jorge me disse que estão também acolhendo na escola da paróquia – na escola do Patriarcado – famílias que estão deixando suas casas. Pedimos ao mundo que faça algo para acabar com este massacre. Sobretudo porque cremos, como o Papa nos disse, que a oração é o único caminho possível para encontrar a paz: não há outros! Sinto muito que depois da visita do Papa à Terra Santa, depois do encontro de oração no Vaticano com os líderes dos dois povos, tenha se dado o que está acontecendo. E isso nos faz pensar: isso significa que alguns têm medo desse novo caminho. Então devemos continuar rezando, todos juntos, a fim de que o Senhor possa abrandar os corações empedernidos de quem pensa poder comandar sobre a vida dos outros.”

 

RV: Quais são as notícias que chegam da Faixa de Gaza? Como a pequena comunidade cristã tem reagido?

Pe. Mario Cornioli:- “Falei na manhã desta sexta-feira com Pe. Jorge, que estava tentando conseguir água e alimentação para as famílias deslocadas acolhidas na paróquia, nas escolas do Patriarcado. Pe. Jorge teve que abrir nossas escolas justamente para poder acolher várias famílias, porque os bombardeios são cada vez mais pesados. Pedimos realmente a todos, a quem quer que possa fazer alguma coisa, que acabe com este massacre, porque este ulterior derramamento de sangue não servirá a nada: servirá somente para criar ulterior ódio e raiva. Ao invés, precisamos de paz, de perdão e de reconciliação…”

 

RV: Nos Territórios, qual é a reação a esta situação?

Pe. Mario Cornioli:- “Paradoxalmente, a situação está mais tranquila: em Belém e em Jerusalém não há nada. Não vemos nada. Se não tivéssemos notícias de fora ou contatos diretos com a comunidade cristã de Gaza, como com Pe. Jorge, a vida continuaria normalmente. Por outro lado, neste momento, muitos amigos que deveriam vir em peregrinação ligam para nós porque estão amedrontados. Eu, daqui (da Cisjordânia), aproveito para dizer: venham, não deixem de vir, porque não há nenhum problema em Israel e Palestina, convidamos todos os peregrinos a continuarem a vir, porque também isso seria uma grande ajuda, sobretudo para a comunidade cristã.” (RL)

 

Mensagem do Papa pelos 20 anos do atentado contra a Associação Israelita Argentina:

 

“O terrorismo é uma demência. O terrorismo sabe somente matar, não sabe construir, mas destruir”.


Foi o que afirmou o Papa Francisco em uma vídeo-mensagem gravada por ocasião do 20º aniversário do atentado contra a sede da AMIA (‘Assiociación Mutual Israelita Argentina’), ocorrido em 18 de julho de 1994.

Naquela data, um furgão carregado com TNT, explodiu no estacionamento subterrâneo do edifício que abrigava os escritórios da Associação, provocando 85 vítimas e mais de 200 feridos. A vídeo-mensagem foi gravada com um telefone celular por Claudio Epelman, Diretor do Congresso Judaico Latino-americano, que nos dias passados visitou o Pontífice. A notícia foi divulgada pelo Congresso Judaico Mundial (‘World Jewish Congress’) e confirmada pelo Padre Lombardi.

“Há 20 anos da tragédia da AMIA – disse o Papa Francisco – desejo expressar a minha proximidade à comunidade israelita argentina e a todos os familiares das vítimas, quer sejam judeus ou cristãos”. Recordando, assim, as tantas “vidas ceifadas, as esperanças destruídas, as ruínas” provocadas pelo atentado, o Pontífice reitera que “Buenos Aires é uma cidade que tem necessidade de chorar, que ainda não chorou o bastante”, porque “somos muito inclinados a arquivar as coisas, a não assumir as histórias dos sofrimentos, das coisas que poderiam ser bonitas e não foram”.

Por isto – sublinha o Papa Francisco – “nos custa tanto tomar o caminho da justiça, para enfrentar os danos que tal tragédia infringiu na sociedade”. Bergoglio manifesta então o seu “desejo de justiça” e apela para que “se faça justiça”.

A mensagem conclui com a oração do Papa em sufrágio das vítimas e com a bênção para as suas famílias. (JE)

 

Fonte: Rádio Vaticano



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