Solenidade da Imaculada Conceição de Maria
Celebrar a Imaculada Conceição de Maria é algo de especial significado para a Igreja. Vejamos o que ela nos ensina através do Catecismo da Igreja Católica.
Que significa “Imaculada Conceição”?
Significa que Deus escolheu Maria desde toda a eternidade para que fosse a Mãe de seu Filho. Desde toda eternidade! Consegue imaginar?
Aqui entra um outro ponto: Quem se encarnaria seria o Filho, que também é Deus! Como poderia um Deus ser concebido como ser humano, numa pessoa qualquer? Não poderia. Teria que ser concebido em alguém com uma dignidade especial. Pensando nisso, a Igreja Católica entendeu que Maria foi concebida imaculada. Que significa esta afirmação? Significa que, pela graça de Deus e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, ela foi preservada do pecado original desde a sua concepção. Por isso celebramos sua Imaculada Conceição e a concepção de Jesus numa virgem.
Que significa a conceição virginal de Jesus? Significa que Jesus foi concebido por Maria, sem intervenção de homem, apenas pelo poder do Espírito Santo. Lembra que Jesus tem a natureza humana e a natureza divina? Exatamente. Ele é o Filho do Pai celeste, segundo a natureza divina, e Filho de Maria segundo a natureza humana. Contudo, ele é uma só pessoa, uma pessoa divina. A pessoa divina que veio conhecer de perto nossa natureza humana, para nos ensinar o caminho da salvação. Até que ponto valeu para mim e para você esse gesto divino?
Em que sentido Maria é “sempre Virgem”? No sentido de que “permaneceu Virgem na concepção do seu Filho, Virgem no parto, Virgem grávida, Virgem mãe, Virgem perpétua” (Santo Agostinho). Maria, como virgem, significa que ela não dividiu seu coração entre Deus e outros interesses. Viveu para Jesus, antes, durante e depois de tê-lo concebido. Ela foi sempre virgem. Não teve outro filho. Portanto, quando os Evangelhos falam de “irmãos e irmãs de Jesus”, trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão usual na Sagrada Escritura. Ela é alguém que ocupa lugar especial na história da salvação.
Colaboradora
Durante toda a sua existência, por graça de Deus, Maria conservou-se imune de todo pecado pessoal. Nós também recebemos a graça, mas pecamos; ela não pecou. Ela é “cheia de graça” (Lc 1,28) e foi fiel a este dom. Diferentemente de nós, que nem sempre somos fiéis.
Quando o Anjo lhe anuncia que dará à luz “o Filho do Altíssimo” (Lc 1,32), ela manifesta livremente o seu assentimento com a “obediência da fé” (Rm 1,5). Abraça o projeto de Deus para a salvação das pessoas. Um gesto do qual ainda temos muito a aprender.
Que a Imaculada Conceição interceda por nós, para que consigamos diminuir nossas máculas. Elas nascem de nossas desobediências à vontade de Deus. Exatamente o contrário daquilo que Maria mais soube fazer: realizar a vontade divina.
(Baseado no Catecismo da Igreja Católica, perguntas 96 a 99).
Por João Batista Nunes Coelho
Fonte: Dom Total