Rio de Janeiro acolhe Nossa Senhora de Nazaré
A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré já está no Rio de Janeiro. Ela ficará até o dia 6 de agosto, passando por todos os vicariatos da Arquidiocese, visitando diversas paróquias, capelas e comunidades. Neste artigo, o Bispo Auxiliar Dom Edson de Castro Homem, em nome de toda a Igreja no Rio, acolhe a imagem da Virgem de Nazaré afirmando que a vinda da pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré, de Belém ao Rio de Janeiro, tornará visível nossa fé vivida e celebrada. Confira também a programação do Círio de Nazaré carioca.
Bem-vinda entre nós a imagem de Nossa Senhora de Nazaré
Todos os sinais e símbolos da Igreja Católica são relativos a Jesus Cristo. Também as imagens sagradas, especialmente as que são esculpidas para honrar e venerar a Virgem Maria, Sua Mãe Santíssima. De fato, por meio da imagem de Maria, o Filho é glorificado.
A veneração da imagem da Virgem nos remete à história de sua vida, digna de imitação, enquanto primeira discípula e seguidora de Jesus. Também nos projeta para sua existência celeste, alimentando nossa esperança, em Cristo, neste mundo para a eternidade feliz.
Os ícones orientais sempre apresentam Maria como sendo a Mãe de Deus. Por isso, ela é contemplada com o Menino Jesus ao colo. As pinturas e esculturas ocidentais, ao contrário, desenham a figura mariana com ou sem o Menino. No entanto, mesmo sem a imagem do Filho, a relação e a colaboração de Maria com o Mistério de Cristo são sempre supostas. Estão, portanto, implicitamente presentes, e devem ser explicadas pela catequese.
Com as mãos postas, ela reza conosco e nos ensina a orar por Cristo ao Pai em união com o Espírito Santo. É convite à oração confiante e perseverante em nome de Jesus.
Com as mãos estendidas, ela nos oferece bençãos e graças que nos advêm do seu Divino Filho, como auxiliadora e intercessora, junto ao único mediador entre Deus e os homens. Indica a vivência do mistério da comunhão dos santos, expressão viva da unidade da Igreja, como corpo místico, cuja cabeça é o próprio Cristo. Ela é o membro proeminente.
Apontando seu coração imaculado, ela indica seu ser, totalmente dedicado e consagrado ao Filho, na liberdade e no amor sem reservas, em obediência ao plano do Pai, no poder e na graça do Espírito Santo.
Com a espada no coração ferido de dor é a expressão impactante da piedade e da desolação, em íntima participação no sofrimento e no amor sacrifical do Redentor.
Esculturas e pinturas, produzidas pela concepção artística e religiosa do autor, sofrem influência do contexto histórico e cultural católico. Contribuem para a história da arte em geral e a história da religiosidade cristã. Retratam a visão estética do artista. Reproduzem sua compreensão do mistério. Quando se trata da imagem de Maria, apresentam parte da verdade do seu ser, mistério e missão. Manifestam elementos do culto ou da devoção; longe, portanto, estão de manifestar toda a interioridade e a beleza da Mãe do Senhor.
Mais importante que a dimensão estética ou artística é a função pedagógica e espiritual das imagens. Elas nos estimulam à oração e nossa configuração a Cristo, através do exemplo de quem é figurado. Contemplando-as, ilustram a leitura e a meditação da Palavra de Deus. Favorecem que nossos afetos se unam ao mistério. Nossa mente e nossos lábios se elevam em prece de pedido ou de louvor. Passa-se, então, da imagem à realidade, ponto terminal.
Sem a presença de imagens e de símbolos, o mundo, a sociedade e a família se secularizam, isto é, perdem a experiência e o sentido do sagrado e a expressão pública do catolicismo. Sem o respeito e o cultivo de símbolos religiosos não se constrói uma cidade humana, justa e pacífica. Por isso, a Igreja, que é Mãe e Mestra, educa-nos a cultivar nossa fé, tornando-a manifesta na vida pública, seja por atitudes, seja mediante objetos figurativos.
A vinda da pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré, de Belém ao Rio de Janeiro, tornará visível nossa fé vivida e celebrada. Nos espaços, avenidas e paróquias pelos quais o andor for conduzido, nossa alegre presença há de oferecer à Maria, com os louvores e os afetos filiais, o empenho pela edificação do senhorio de seu Filho em nossa cidade: reino de amor, de paz e de justiça, de que tanto nós necessitamos. Maria nos aponta para Jesus. Ela nos compromete na aceitação de seu Filho: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).
Confira a programação do Círio de Nazaré:
Quinta-feira – Dia 2 de agosto
7h – Chegada da imagem na Base Aérea do Galeão
9h – Bacaxá (Saquarema)
11h – Solenidade Municipal em Saquarema
11h30min – Santa Missa
18h30min – Caramujo (Niterói)
19h – Santa Missa. Vigília em Niterói
Sexta-feira – Dia 3 de agosto
7h – Chegada na Catedral do Rio
9h – Missa na Paróquia São Sebastião, na Tijuca
12h – Educandário N. Sra. de Nazaré: Oração do Ângelus e homenagens
13h45min – Edifício João Paulo II (sede da arquidiocese), na Glória.
14h45min – Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria, no Catete.
15h45min – Sede da Dufry, no Centro
16h45min – Igreja N. Sra. do Parto, seguida de Oração no Buraco do Lume, no Centro
18h10min – Vila Mimosa. Oração do Ângelus
19h20min – Capela N. Sra. Aparecida, no térreo do prédio da SuperVia, na Central
20h30min – Igreja São Joaquim, Rua Joaquim Palhares, no Estácio. Vigília
Sábado – Dia 4 de agosto
9h – Missa solene, presidida pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta, na Igreja de São Pedro, no Rio Comprido – celebração pelo dia de São Cura D’Ars e Dia do Padre
11h15min – Paróquia N. Sra. do Loreto, na Freguesia
12h – Ângelus
14h – Paróquia Jesus de Nazaré, Parque Maré, Bonsucesso
15h50min – Paróquia N. Sra. da Cabeça, na Penha
17h45min – Paróquia N. Sra. do Desterro, Praça Dom João Esberard, em Campo Grande
20h – Paróquia N. Sra. de Nazaré, em Anchieta. Vigília
Domingo – Dia 5 de agosto
8h – Missa transmitida pela TV Brasil
10h – Missa na Paróquia de N. Sra. de Copacabana.
11h30min – Saída do Círio em direção à Paróquia da Ressurreição, em Copacabana
14h15min – Chegada ao Oratório no Centro de Tradições Nordestinas.
17h – Chegada na Paróquia de N. Sra. de Nazaré, em Acari: Mini-Círio, missa e festa
Segunda-feira – Dia 6 de agosto
Deslocamento privado para o Aeroporto Internacional Tom Jobim
*Artigo: Dom Edson de Castro Homem – Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro
*Fotos: Arquivo
Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro