Evangelização da juventude

Publicado em 12/05/2012 | Categoria: Notícias |


“A Jornada Mundial da Juventude deve ser inspiração para desenvolver a pastoral juvenil”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro da Silva. Segundo o bispo, o incentivo dos sacerdotes é fundamental para que o legado da JMJ Rio2013 possa realizar uma transformação na maneira de acolher e cuidar daqueles que são o futuro da Igreja.

— Não podemos perder essa oportunidade. É uma graça de Deus, um momento único. Os jovens estão se sentindo atraídos por essa proposta. Eles estão indo à igreja, querem participar, se envolver. Nós, pastores, não devemos desperdiçar esse momento, disse Dom Eduardo.

Com o objetivo de incentivar o trabalho que é realizado nas paróquias, desde fevereiro, o presidente da comissão passou a enviar cartas aos párocos. As correspondências mensais tratam de diversos assuntos, de forma a motivar os presbíteros a contagiarem seus paroquianos para um maior acolhimento da juventude.

— Quando o pároco está motivado, as coisas acontecem. Eu me propus a escrever uma carta por mês até a Jornada. Uma carta simples, curta e direta, cada mês com uma motivação diferente. Eu convoco os párocos para serem criativos, audaciosos e proféticos no meio da juventude, afirmou.

Já foram escritas quatro cartas. A última, de maio, refletiu sobre a importância de Nossa Senhora e sobre a presença do Espírito Santo na Igreja. A partir da reflexão sobre a Solenidade de Pentecostes, o bispo destacou a preparação para o sacramento do Crisma. Ele afirmou que é preciso investir na perseverança dos jovens que são crismados.

— Nós não podemos perder nenhum crismando, porque eles têm direito de ter um espaço propício para o desenvolvimento da própria fé. A gente fica com os crismandos dois ou três anos, depois a gente crisma e ele não tem mais espaço? Se a gente não dá oportunidade, não tem propostas, a gente não pode dizer que eles são os culpados. Acredito que os párocos devem buscar aqueles que já foram crismados, incentivou Dom Eduardo.

Confira alguns trechos das três primeiras cartas enviadas aos párocos:

Fevereiro:

“Priorize a juventude, principalmente na organização paroquial, através de iniciativas para que ela se sinta mais amada e valorizada. Organize atividades segundo a cultura juvenil, estude com eles os documentos da Igreja e as cartas dos Papas que a eles (os jovens) se dirigem, seja criativo em projetos que amadureçam o seu protagonismo eclesial, incentive os demais adultos a valorizarem os jovens, promova intensamente o crescimento do número de grupos de jovens, apoie e oriente as diversas expressões que já trabalham com a evangelização da juventude, invista em assessoria para o seu acompanhamento, motive momentos de intensa espiritualidade e de exercício da Lectio Divina, reveja os encontros catequéticos tornando-os mais atraentes e envolventes, proporcione experiências missionárias e voluntárias com os jovens, participe de suas iniciativas e de alguns momentos informais que lhe são caros. Há tanta coisa para se criar ou potencializar. Acima de tudo é necessário que eles se sintam amados”.

Março:

“A pedagogia dos grupos de jovens atinge profundamente a vida deles, pois, uma vez bem organizados segundo suas medidas, se tornam espaços privilegiados de formação integral. Vamos, então, organizar e acompanhar o maior número possível de grupos juvenis! Não temos dúvidas da força de atração que exercem os grupos relacionados, por exemplo, à música, à arte, à dança, ao esporte e ao teatro! Todos sairão ganhando com esta opção preferencial efetiva pelos jovens: eles mesmos em seu processo de amadurecimento, a Igreja em sua constante busca para responder aos sinais dos tempos, a sociedade em sua responsabilidade de garantir vida de qualidade a partir da força jovem.

Não vamos deixar passar este momento especial que Deus está concedendo a nossa Igreja e a sua comunidade paroquial! Os jovens querem encontrar mais espaços e pessoas destinadas a eles para que todo este dinamismo produzido neste tempo favorável possa se reverter em vida plena para todos”.

Abril:

“No recente encontro do Comitê Organizador Local da JMJ do Rio de Janeiro com o Cardeal Rilko, responsável pelo Pontifício Conselho para os Leigos, pudemos saborear suas palavras que nos convidavam a prestar atenção para o importante momento que estamos vivendo por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Brasil. Suas colocações vieram nos incentivar: “Cada JMJ deve se tornar um ponto de partida, um impulso para a Pastoral Juvenil. É um momento particular de evangelização e, ainda mais, de escuta desta nova geração que está chegando”.

* Foto: Carlos Moioli

Fonte: Jornal O testemunho de Fé



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