Comprometidos com a saúde

Publicado em 09/02/2012 | Categoria: Notícias |


Jesus mostrou-se atencioso para com os doentes. Como Igreja, não podemos esquecer e deixar de lado enfermos e sofredores. Nossa presença carinhosa lhes traz alívio e segurança.


A doença é praga que atinge grande parte da população, principalmente a mais pobre. Jesus cura os doentes para demonstrar que a doença não é castigo de Deus nem é do seu agrado. Ela não faz parte do plano divino, mas decorre da fragilidade e do descuido humanos.

Com a cura, Jesus provoca transformação na pessoa e também na comunidade. Da mesma forma, todos os conhecimentos devem ser aplicados para sanar as deficiências e fragilidades humanas e assim melhorar a vida da pessoa e da sociedade.

O mundo, a vida e o universo todo, criados por Deus, foram entregues ao ser humano para que os transforme e os torne sempre mais saudáveis e habitáveis. A natureza mais sadia e bem cuidada torna a vida do ser humano também mais saudável. Há relação muito estreita entre saúde da pessoa e saúde do planeta.




Campanha da Fraternidade 2012

Aproveitemos as lições que a Campanha da Fraternidade nos traz neste ano, chamando a atenção para a saúde pública. Esta campanha nos apontará elementos preciosos, que poderão ser aplicados em favor de melhor saúde para a população.

É obrigação do poder público preocupar-se em fornecer condições de saúde para o povo, mas também a sociedade e cada um devem dar sua colaboração. Vencer as doenças pelas pesquisas e pela ciência é sinal de ressurreição de Cristo.

A preocupação maior não deveria ser apenas combater a doença, mas também preservar a saúde. O melhor remédio é a preservação. Seria contraditório estragar nossa saúde com abusos de comidas e bebidas não saudáveis e, depois, pedir a Deus saúde. Qualidade de vida consegue-se com alimentação sadia e equilibrada, com exercícios físicos e otimismo.

Por outro lado, não podemos abandonar os doentes à própria sorte nem julgá-los, culpando-os por sua situação. Eles têm o direito de receber o cuidado do estado e a dedicação da família e da própria comunidade cristã. Jesus não ignorava os doentes. Nossas comunidades precisam criar pastorais e mecanismos adequados em favor da saúde total das pessoas.

Pe. Nilo Luza, ssp


Saúde Pública, Ciência e Religião


O contraste entre ciência e religião é discussão bastante antiga. Mas num ponto elas convergem: a questão da saúde.

Nisso, com raríssimas exceções, a religião não está em desacordo com os valores humanos da ciência e da técnica a serviço da saúde como um bem humano fundamental.

A religião não ignora as muitas ações desenvolvidas em favor da saúde por organizações não eclesiais. Afinal, se exixte um campo em que os anseios da humanidade estão intimamente ligados, agradando a crentes e não crentes, é o mundo da saúde.

Essa parceria vem ocorrendo graças à evolução histórica, política e social dos últimos séculos: a tarefa básica é hoje p´reservar, promover e restaurar a saúde. Portanto, tornou-se tarefa leiga, implementada, organizada e conduzida pelo Estado. Coube a ele também a responsabilidade de arrecadar os recursos necessários.

Para tanto, o Estado permitiu, ainda que de maneira controlada, algumas ações por parte da religião(Igreja). Esta, por sua vez, não se limitou à arrecadação de recursos, entendendo que, se cuidamos da saúde com maior determinação, a doença diminuirá, e muito, a sua agressividade.

Por isso, diríamos, de maneira ousada, que a religião acrescentou ao tripé da Organização Mundial da Saúde – com sua definição de saúde como bem-estar físico, psíquico e social – o bem espiritual. Pois o ser humano não é simplesmente um amontoado de órgão e tecidos.

Sem negar o processo natural da vida, em que doença e morte serão sempre nossas companheiras inseparáveis, a religião salienta que devemos continuar fazendo tudo para nos manter saudáveis. Ao mesmo tempo precisamos proporcionar àqueles que já estão doentes nossa solidariedade terapêutica, psicológica e espiritual.

Pe. Anísio Baldessin



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