A Bíblia, uma carta de Amor de Deus para nós

Publicado em 16/09/2011 | Categoria: Notícias |



Bíblia, uma coleção de livros sagrados

A palavra Bíblia vem do grego “biblos” que significa livro, daí o diminutivo “biblion” = livrinho, que no plural fica Bíblia. Vejam que em seu próprio nome já está afirmado que a Bíblia é o livro por excelência. Podemos dizer que a Bíblia é mais do que um livro. Ela é uma coleção de livros, uma biblioteca. Nela nós encontramos 73 livros de épocas e de estilos diferentes. É então uma biblioteca contendo livros escritos em tempos variados e por autores diversos, em diferentes gêneros literários.

A Bíblia está dividida em duas grandes partes, o Antigo e o Novo Testamento, abreviados AT e NT. Há quem prefira dizer, em respeito aos nossos irmãos mais velhos do povo da Bíblia, Primeiro e Segundo Testamentos.




O Antigo Testamento tem 46 livros


Para nos facilitar o entendimento eles podem ser assim agrupados:

Pentateuco – São os 5 primeiros livros. Os judeus os chamam de “Torá” = Lei, porque contém a Antiga Aliança. São eles o Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

Livros Históricos –  São 16 livros que narram as histórias do povo da Bíblia e dos seus líderes.

Livros Sapienciais ou de Sabedoria – São 7 esses livros contendo a expressão dos sentimentos do povo da Bíblia. Temos neles poesias, ditados, cantos orações,provérbios, etc.

Livros Proféticos – São 18 livros. Trazem escritos dentro deles a vida e a mensagem dos profetas, homens que denunciam as injustiças, os pecados e os erros do povo e dos seus chefes e seguem anunciando também a esperança de um mundo de paz e de justiça, o mundo de Deus.

Escrito aos pouquinhos ao longo de muitos anos, sua feitura levou um tempo em torno de mil anos. A partir do Século X AC, época do Rei Salomão, esses relatos passaram a ser registrados por escrito. Muitos dos seus textos, principalmente os mais antigos, foram reescritos mais de uma vez, na medida em que o povo ia aprendendo as lições da história e nela reconhecendo aspectos novos da revelação de Deus. Vamos comparar, por exemplo, o relato da criação do homem e da mulher em Gn. 1, 26-31 (livro de Gênesis, capítulo 1, do versículo 26 até o 31, com o que está escrito em Gn 2,7-25.


No Primeiro Testamento Deus faz Aliança com o Seu povo, liberta-o da escravidão, dá a ele a Sua Lei e espera dessa gente amor e fidelidade. Mas nem sempre é esta a resposta que foi dada. Vira e mexe como vimos, o povo se afastava de Deus. Era então que surgiam os profetas relembrando a eles o seu compromisso, a aliança, que eles tinham feito com Deus.

O Primeiro Testamento que para nós é a primeira parte da Bíblia, para os nossos irmãos mais velhos que, ainda não aceitam Jesus de Nazaré como o Messias, o Filho de Deus, é a Bíblia toda. Esta primeira parte da Bíblia na qual Deus vai, pouco a pouco se mostrando a nós – na exata medida em que vamos tendo condições de assimilá-lo – é a preparação da revelação total de Deus que se dá com Jesus e que está relatada na segunda parte da Bíblia, ao qual, como já vimos, comumente chamamos de Novo Testamento.



Por fim, é importante deixarmos bem claro que o Deus do Primeiro Testamento que vai acompanhando a vida do Povo da Bíblia é o mesmo Deus que Jesus vem nos apresentar no Novo Testamento. O que muda não é Deus, mas sim a nossa percepção Dele. O nosso olhar, o nosso sentir é que muda. Deus é. Nosso olhar vai aos poucos se clareando e vai fazendo com que a gente vá tendo uma visão a cada dia mais bonita, gostosa e ampla de Deus que é infinito Amor e Misericórdia para cada um de nós.

Fernando Dias Cyrino



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