400 milhões de crianças escravizadas no mundo

Publicado em 16/04/2013 | Categoria: Notícias |


      Dia 16 de abril, Dia Mundial contra a Escravidão Infantil, situação em que meninos e meninas menores de 18 anos desempenham atividades econômicas de produção que afetam seu desenvolvimento pessoal ou têm seus direitos violados.

Esta é uma realidade envolve atualmente 400 milhões de crianças, segundo dados de organizações humanitárias, que indicam também que os menores representam mais de 10% do potencial de mão-de-obra no mundo.

Estes pequenos escravos geram cerca de 13 milhões de euros anuais ao Produto Interno Bruto mundial.

A Confederação Espanhola de religiosos (Confer) elaborou um mapa das localidades do mundo onde o fenômeno é mais frequente e em um comunicado, destaca que “indiretamente, esta escravidão entra a fazer parte da nossa vida cotidiana. As bananas que comemos ou o café que bebemos podem ter sido produzidos com o suor de crianças latino-americanas ou africanas”.

As organizações apontam o dedo especialmente contra empresas multinacionais que produzem desde automóveis e roupas até bebidas e tênis, “culpadas. De explorar meninos e meninas nos países pobres com subcontratos para diminuir o preço da mercadoria que é vendida em outros lugares e da qual aquelas crianças nunca poderão usufruir”.

No dia de hoje, a proposta é lutar pela abolição total da escravidão infantil e contra o desemprego e a precariedade do trabalho imposta aos adultos.

A escolha do 16 de abril como Dia Mundial contra a Escravidão Infantil não é casual. Nesta data, em 1995, Iqbal Masih, um menino de 12 anos, foi assassinado pela máfia têxtil do Paquistão porque denunciou explorações. Ele foi vendido como escravo aos quatro anos de idade, por 12 dólares, pelo próprio pai. Ao fugir da fábrica de tapetes onde trabalhava, tornou-se porta-voz do drama das crianças trabalhadoras de todo o mundo.

No Brasil, pequenos escravos são empregados na produção do carvão utilizado para a fabricação do aço utilizado em automóveis e peças mecânicas.

(CM)

Fonte: Rádio Vaticano



Os comentários estão desativados.