Hoje é o Dia Mundial das Comunicações

Publicado em 24/05/2020 | Categoria: Notícias |


 

O Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco, ao final da Celebração da Ascensão do Senhor, enviou uma mensagem especial aos comunicadores:

Resumo da Mensagem do Papa para o Dia das Comunicações Sociais

“Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2).

A vida se faz história».

A mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais tem o título tirado do livro do Êxodo: “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2). A vida se faz história». 

Em rápidas pinceladas, o texto é apresentado de forma resumida. A mensagem é muito bonita e dedicada ao tema da narração. O Papa começa dizendo que “para não nos perdermos, precisamos respirar a verdade das boas histórias: histórias que edifiquem, e não as que destroem. Histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos. Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade duma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que habita em nós; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura, conte a nossa participação num tecido vivo, revele a trama dos fios pelos quais estamos ligados uns aos outros”.  

  1. Tecer histórias

Segundo o Papa, “o homem é um narrador”, podemos dizer: um contador de histórias. As narrativas marcam a nossa vida, formam as nossas convicções e comportamentos, podem nos ajudar a compreender e dizer quem somos. O homem é o único ser que tem necessidade de narrar-se a si mesmo, para guardar a própria vida. 

  1. Nem todas as histórias são boas

Muitas histórias, utilizadas para proveito próprio ou ao serviço do poder, têm vida curta, enquanto uma história boa é capaz de ultrapassar os confins do espaço e do tempo, permanece atual, porque alimenta a vida.

Vivemos uma época com sofisticada a falsificação, por isso, necessitamos de coragem para rejeitar as histórias falsas e depravadas, mas precisamos também de sabedoria para criar histórias belas, verdadeiras e boas. Além disso, temos necessidade de paciência e discernimento para descobrirmos as boas histórias que nos ajudem a não perder o fio, no meio das muitas confusões de hoje.

  1. História das histórias

O Papa Francisco ressalta que a Sagrada Escritura é uma História de histórias. É um algum de fotografias, de pessoas e povos, que viveram em meio às tribulações e alegrias. Desde o início, a Bíblia mostra para nós o Deus criador e narrador. Através do seu narrar, do seu falar, Deus chama as coisas à vida e, como ponto alto, cria o homem e a mulher para serem geradores de história com Ele”.

A Bíblia também destaca que “não nascemos perfeitos, mas necessitamos de ser constantemente «tecidos» e «refeitos». A vida nos foi dada como convite a continuar a tecer a «estupenda maravilha» que somos.  

No centro desta história está Jesus, que leva à perfeição o amor de Deus pelo homem e, ao mesmo tempo, a história de amor do homem por Deus. Assim, o homem será chamado, de geração em geração, a contar e a fixar na memória os fatos mais significativos desta História de histórias. Aqui a vida se faz história e depois, para o ouvinte, a história se faz vida: essa história entra na vida daquele que a escuta e a transforma”.

  1. Uma história que se renova

“A história de Cristo não é um patrimônio do passado; é a nossa história, sempre atual. Depois que Deus Se fez história, toda a história humana é, de certo modo, história divina. Cada história humana tem uma dignidade incancelável. Por isso, a humanidade merece narrações que estejam àquela altura fascinante a que Jesus a elevou. Estas histórias devem ser partilhadas, contadas, transformadas em vida em todos os tempos, com todas as linguagens, por todos os meios”.    

  1. Uma história que nos renova

O Papa conclui a mensagem, salientando que “em cada grande história, entra em jogo a nossa história. Ao lermos a Sagrada Escritura, as histórias dos Santos e outros textos que souberam ler a alma do homem, o Espírito Santo fica livre para escrever no nosso coração, recordando-nos aquilo que somos aos olhos de Deus. Quando fazemos memória do amor que nos criou e salvou, quando colocamos amor nas nossas histórias diárias, quando tecemos de misericórdia as tramas dos nossos dias, nesse momento estamos mudando de página. Já não ficamos presos a lamentações e tristezas, mas, abrindo-nos aos outros, abrimo-nos ao próprio olhar do divino Narrador, o único que tem o ponto de vista final, e nos aproximamos dos nossos irmãos e irmãs, que conosco são os atores da história de hoje. Sim, porque ninguém é mero figurante no palco do mundo.

Confiemo-nos a uma Mulher que teceu a humanidade de Deus no seu seio, a Virgem Maria que tudo guardou, meditando no seu coração. Peçamos ajuda Àquela, que soube desatar os nós da vida com a força suave do amor”.

Ó Maria, mulher e mãe, Vós tecestes no seio a Palavra divina, Vós narrastes com a vossa vida as magníficas obras de Deus. Ouvi as nossas histórias, guardai-as no vosso coração e fazei também vossas as histórias que ninguém quer escutar. Ensinai-nos a reconhecer o fio bom que guia a história. Olhai os muitos nós em que se emaranhou a nossa vida, paralisando a nossa memória. Pelas vossas mãos delicadas, todos os nós podem ser desatados. Mulher do Espírito, Mãe da confiança, inspirai-nos também. Ajudai-nos a construir histórias de paz, histórias de futuro. E indicai-nos o caminho para as percorrermos juntos. Amém.

Veja a mensagem em vídeo:

Fonte: Arquidiocese de Niterói



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