Maria, Senhora Aparecida, Mãe do Brasil e nossa mãe

Publicado em 12/10/2015 | Categoria: Mesa da Palavra Notícias |


liturgia

 

Liturgia da Missa – Reflexão sobre a Mesa da Palavra para a festa de Nossa Senhora Aparecida – 12 de outubro

 

Houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou.” Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus.Ele o realizou em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. Jo 2, 1-11

 

 

nossa senhora aparecida mesa da palavra

 

 

                    Contemplando o Evangelho de hoje, vejo Maria, carinhosamente, olhando para o Brasil e dizendo para o Filho: “Eles não têm o vinho da justiça, suas crianças e jovens estão sofrendo, falta-lhes também o vinho da paz e nessa hora de crise não há trabalho para tanta gente”E agora se virando para a classe política lhes pede cuidado para com o povo e respeito com seus mandatos. Num terceiro olhar, para os empresários, lhes solicita ética. Um último olhar, para nós todos, a pedir atenção com os pobres e marginalizados, misericórdia com os discriminados, compaixão com os sofredores. Para todo o país a mãe está a dizer: ”Fazei o que Ele vos disser”. E a minha contemplação termina, imaginando o quanto a realidade poderia ser diferente, caso todos os brasileiros ouvíssemos e seguíssemos, realmente, o seu Filho.

Dia de festa em nosso país. Dia de celebrarmos Maria Aparecida, a mãe do Brasil. Maria que surge pequena, através dos pequenos, dos fundos do rio, para se tornar a grande mãe de todos nós, seus filhos queridos brasileiros. Não é por acaso que o povo simples fala que irá visitar a “Santinha” lá no seu Santuário . Dia tradicional no qual vemos o carinho e o cuidado do nosso povo mais simples com a sua mãe do céu, a Senhora Aparecida.

Dia também para refletirmos sobre a Senhora Mãe da nossa devoção. A Maria que nos é trazida pelo evangelista João, é uma mulher forte, uma Senhora que em tempos nos quais o feminino era tão pouco valorizado, se impõe. Mulher que no Evangelho de hoje, diz o que é necessário para o Filho e para aqueles que nem eram empregados dela, mas do dono da festa. A mesma Maria que, aos pés da cruz, João irá nos mostrar como assumindo-nos como seus filhos.

No Evangelho Maria é sempre esta mulher forte. É assim também que Lucas a mostra. A mulher que enfrenta tudo e todos engravidando, ainda não estando desposada por José, e que apressada vai visitar e ajudar a prima Isabel. A mulher também que denuncia a opressão e o poder autocrático, cantando as maravilhas que o Senhor realiza nela, profetizando a vitória da justiça e da paz.

Que seja esta a Maria Aparecida da nossa consagração filial. Que busquemos vê-la, cada dia mais, como a verdadeira intercessora. Aquela que apresenta à Trindade Santa as nossas necessidades e também aquelas do nosso país. Carências que todos sentimos serem tantas e tão grandes.

Dentre as necessidades do Brasil lembremo-nos da obrigação básica de um maior cuidado com a vida e o desenvolvimento, em todos os sentidos, das nossas crianças. Milhões que são abortadas, outras tantas que sofrem de abandono, que experimentam a pior violência, tanto física quanto mental. Multidões de meninos e meninas que não têm infância, sendo obrigados a trabalhar desde cedo. Gerações que crescem sem ter acesso à educação escolar e religiosa…

Que Maria Aparecida, a mãe das nossas crianças e nossa mãe querida, nos dê ânimo e coragem para lutarmos pela infância desse nosso imenso e querido Brasil.

 

Para refletirmos nos preparando para a festa de Nossa Senhora Aparecida:

 

– Qual é a Maria da minha devoção e consagração?

– O que significa para mim a intercessão de Maria?

– O que tenho feito pelas nossas crianças?
 

 

Fernando Cyrino


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